O câncer de mama é o câncer mais comum no mundo e a principal causa de morte por câncer entre mulheres desproporcionalmente afetando indivíduos de países de baixa e média renda. A taxa de sobrevivência de países de alta renda excede 90%, comparado com 66% na Índia e 40% na África do Sul. (Fonte OMS: link https://www.who.int/initiatives/global-breast-cancer-initiative)
O câncer de mama, se detectado e tratado precocemente, tem mais de 95% de chances de cura. No Brasil, 1 em cada 4 mulheres com câncer de mama morre em até 5 anos, principalmente devido a detecção tardia e a demora para iniciar o tratamento.
Aqui, a cobertura mamográfica em mulheres de 50 a 69 anos é de apenas 23%, segundo o Radar do Câncer, com dados extraídos do DATASUS.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que 70% da população feminina a partir dos 40 anos realize o exame anualmente. No Brasil, a faixa etária rastreada pelo SUS está restrita ao grupo entre 50 e 69 anos. (Fonte: https://portalhospitaisbrasil.com.br/brasil-esta-53-abaixo-da-taxa-de-cobertura-de-mamografia-recomendada-pela-oms/)
A estatística é assustadora, dado que a mamografia é o exame indicado para a detecção precoce do câncer de mama. Se não faz o exame, não detecta cedo, não trata e, portanto, não cura.
Além disso, durante o primeiro ano de pandemia, por vários motivos – principalmente porque alguns serviços fecharam e muitas pessoas evitaram ambientes públicos, houve uma redução de 43% no número de mamografias e isso tem se refletido agora com casos mais avançados sendo diagnosticado, como é possível ver no gráfico que a cobertura em 2020 chegou a baixos 13.9%.
Muitas vezes, devido ao grande volume de compromissos e tarefas, muitas mulheres negligenciam seus exames anuais. Sabemos que o dia-a-dia exige de mais do público feminino, porém é necessário cuidar de si para ter saúde para cuidar da família e poder colaborar com o sustento da casa.
Matéria do G1 alerta que mulheres sem sintomas de câncer de mama devem fazer mamografia de rotina a partir dos 40 anos, uma vez ao ano, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
Importante destacar que o Ministério da Saúde indica a mamografia a partir dos 50 anos, a cada 2 anos.
“Os dados mostram que 25% das mulheres com câncer de mama no Brasil desenvolvem a doença entre 40 e 50 anos. Por isso, existe essa divergência em termos de idade para o início do rastreamento mamográfico.”
— Rosemar Rahal, médica mastologista da diretoria da SBM
(Ver matéria completa no site do G1: https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/05/20/mamografia-entidades-e-ministerio-divergem-sobre-idade-minima-para-exame-de-rotina-veja-como-funciona.ghtml)
